O tornozelo é uma articulação fundamental para a locomoção, responsável por suportar o peso corporal e permitir movimentos como flexão, extensão e rotação do pé. É formado pela interação entre a tíbia, o perónio e o tálus, sendo estabilizado por ligamentos, tendões e músculos que garantem a sua mobilidade e resistência. No entanto, devido ao seu papel essencial na marcha e na prática desportiva, o tornozelo está suscetível a diversas patologias, muitas delas associadas a traumatismos, esforço excessivo ou processos degenerativos.

Entre as principais patologias do tornozelo, destacam-se as entorses, que ocorrem devido à distensão ou rutura dos ligamentos, sendo uma das lesões mais comuns, especialmente em desportistas. A tendinite do tendão de Aquiles, causada por sobrecarga ou movimentos repetitivos, pode provocar dor e inflamação na parte posterior do tornozelo. A artrose do tornozelo, resultante do desgaste progressivo da cartilagem articular, leva a dor crónica, rigidez e limitação dos movimentos. Outra condição frequente é a fratura do tornozelo, que pode ocorrer em quedas ou impactos diretos, necessitando frequentemente de imobilização ou intervenção cirúrgica. Além disso, a síndrome do impacto anterior ou posterior do tornozelo, comum em atletas, pode causar dor devido à compressão de tecidos moles durante os movimentos.

O tratamento das patologias do tornozelo varia consoante a gravidade da lesão, podendo incluir repouso, imobilização temporária, fisioterapia, uso de anti-inflamatórios e infiltrações para alívio da dor e inflamação. Em casos mais severos, como fraturas ou artrose avançada, pode ser necessária a cirurgia para estabilização articular ou substituição da articulação. A prevenção destas patologias passa pelo fortalecimento muscular, uso de calçado adequado, aquecimento antes da atividade física e cuidados para evitar torções e impactos excessivos, contribuindo para a saúde e estabilidade do tornozelo.